Lançado em julho nos Estados Unidos, e transformado em um dos mais vendidos desde então, Último Turno, terceiro volume da trilogia Bill Hodges de Stephen King, chega em tempo recorde às lojas pela Suma de Letras em estratégia que concentrou o lançamento dos três volumes para este ano no país (originalmente, os dois primeiros romances saíram em 2014 e 2015).
A trama apresenta a possível última aventura do detetive aposentado William K. Hodges, mostrando novamente em cena o grande vilão de Mr. Mercedes, Brady Hartsfield, em um duelo aguardado pelos leitores desde Achados e Perdidos. Se o primeiro livro prestava uma homenagem ao detetive clássico, com o próprio autor afirmando que faltava um investigador deste estilo em seu hall de personagens, o novo romance deixa de lado eventuais convenções de gênero para também mergulhar em uma das características que fundamentaram King: o sobrenatural.
Diferente de Achados e Perdidos cuja trama explora, em grande parte, uma história sem o detetive, logo no início desta nova obra é possível sentir a mesma essência presente em Mercedes, transbordada pela presença característica do personagem, agora mais velho: em forma, porém debilitado pelos naturais problemas da velhice. Embora seja coincidente, King e seu detetive compartilham quase a mesma idade, um efeito que imprime maior realismo no cotidiano de Hodges como se o próprio autor dissesse, ei, sei bem o que estou falando porque minhas juntas também doem.
Como o leitor conhece as personagens e seu desenvolvimento pessoal devido aos romances anteriores, a ação se desenvolve desde o início, pontuando mais um crime bizarro que pode ter ligação com o famoso assassino do Mercedes. King dá sobrevida ao seu vilão adolescente, mantendo o aspecto diabólico mas deslocando-o do convencional, devido aos acontecimentos dos livros anteriores. Novamente em cena, Brady se mantém com grande apelo, e a maneira como é desenvolvido nesta última história transforma-o em um vilão ainda mais imprevisível (Qualquer outra informação poderia minar o prazer da leitura).
Assim como o vilão cresce na história, o desenvolvimento de Hodges e de seus dois parceiros de investigação, Holly Gibney e Jerome Robison, se mantém em destaque, em uma construção carismática de um improvável trio unido pela amizade e pelo prazer de esclarecer mistérios. Mesmo explicitamente conduzindo alguns elementos da trama com o crivo da ficção, apenas para explorar ganchos e prender o leitor, a construção do ambiente e dos personagens é realista e potencializa a força do vilão e a necessidade urgente de evitar um problema maior. Ciente de que o novo livro pode também atrair novos leitores, o autor pontua, em diversos momentos, os acontecimentos dos romances anteriores para situar quem tenha escolhido este livro como início. Dessa forma, àqueles que se incomodam em saber a história prévia, é recomendado a ler desde o início.
Último Turno encerra a trilogia do detetive Bill Hodges mantendo elementos policiais consagrados na primeira história mas explorando a veia sobrenatural, sempre presente nas obras de Stephen King. Ao realizar um novo embate de detetive e vilão, a obra prova, como se ainda fosse necessário, a prosa fluída e bem construída do autor, sempre dedicada a compor uma boa história e deixá-la irresistível até o último capítulo.
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nfrentando a rebelião considerável liderada por Cham Syndulla (foto), que vimos pela primeira vez na animação Star Wars: The Clone Wars, Syndulla é pai de Hera que aparece na animação Star Wars Rebels. A intenção do grupo de Cham é causar bastantes problemas para chamar a atenção do Imperador Palpatine e Darth Vader. A viagem dos Siths a Ryloth não sai como planejada e eles encontram-se tendo que lutar por suas vidas.






Cartas na Rua é o primeiro livro a apresentar Henry Chinaski, alter ego de Bukowski e protagonista de cinco dos seus seis romances. Autobiográfico, trata do período em que o escritor trabalhou nos correios e de como o sistema massacrou sua vida, moral e saúde. Com um humor sarcástico, soube pegar algo desinteressante (o trabalho de carregar e separar correspondência) e utilizar isso como uma forma de identificação com todo e qualquer leitor que já tenha tido um trabalho do qual não gostava. |
Em Factótum, segundo romance de Charles Bukowski, publicado em 1975, encontramos mais uma vez Henry Chinaski, alter ego do autor, protagonista de vários dos seus livros e um dos mais célebres anti-heróis da literatura americana. Durante a Segunda Guerra Mundial, o loser Henry é considerado “inapto para o serviço militar” e não consegue entrar para o exército. Assim, enquanto os Estados Unidos se unem em torno da guerra e os homens alistados são vistos como heróis, Chinaski, sem emprego, sem profissão nem perspectiva, cruza o país, arranjando bicos e trampos, fazendo de tudo um pouco – daí o nome do livro –, na tentativa de subsistir com empregos que não se interponham entre ele e seu grande amor: escrever. |
“Mulheres”, publicado em 1978, descreve a vida de Henry Chinaski “alcoólico que se tornou escritor para poder ficar na cama até ao meio-dia”: as bebedeiras, as ressacas permanentes, os vômitos, as corridas de cavalo, as leituras nas universidades, as festas, as cartas de admiradoras, as esperas no aeroporto, os encontros sexuais, os dias seguintes, as rupturas, as reconciliações. Mais cerveja, mais sexo, mais mulheres. | 


