quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

LIVRO: O Clube do Filme – Resenha

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A resenha que se seguirá é sobre uma obra chamada “O Clube do Filme”, livro do escritor e jornalista canadense David Gilmour.
Recordo-me que quando me indicaram o livro, logo ao visualizar seu título, imaginei que seria uma extraordinária oportunidade para adicionar alguns a minha lista de “filmes para assistir antes de morrer”. Acho que a grande jogada dessa obra é causar uma grande expectativa e aos poucos surpreender o leitor.
Bom, engana-se fortemente você que acredita que o livro em questão se trata exclusivamente sobre análises de longa-metragens, isto porque, em que pese o autor mencione infinitas obras incríveis, o foco do livro se torna muito mais emocionante.
O Clube do filme tem seu inicio quando David percebe o quanto seu filho de 15 anos odeia a escola, o que repercute diretamente em suas notas. Como se algo se esclarecesse em sua mente, compreende que independentemente do auxilio em todos os deveres de casa, Jesse não está efetivamente aprendendo pelo ensino tradicional.
Nesse momento o autor cria um vínculo com o leitor, porque afinal de contas, quem nunca passou por uma situação como essas? Quantas vezes você praguejou o fato de ser um adolescente com milhões de coisas legais para fazer, todas estragadas pela obrigação de ter que acordar todos os dias ás 06 horas da manhã para ir à escola?
Ao mesmo tempo que nos recordamos de quando éramos jovens e passamos por situação idêntica, necessário se faz colocar-se no lugar de um pai. O que você faria ao captar que seu filho está infeliz ?
David teve a arriscada ideia de sugerir ao filho que abandonasse a escola, impondo algumas condições para tanto: O rapaz precisaria assistir a três filmes com o pai toda a semana, pois seria a sua única forma de educação, e não poderia de forma alguma se envolver com drogas.

Ambos passam a debater sobre clássicos do cinema, intenções de diretores, circunstâncias de filmagens e histórias por trás dos filmes, que por sua vez, são sempre escolhidos de acordo com as angústias pessoais de Jesse. É nesse momento que o relato emocionante de David demonstra para que a obra veio afinal… para mostrar a relação de confiança, amizade e medo característica de pai e filho.
Paralelamente, o leitor tem a oportunidade de conhecer melhor clássicos de todos os gêneros, o que origina a motivação (digo por mim mesma) de buscar as obras para assistir, para verificar a intensidade das cenas mencionadas no livro e analisar a perspectiva que David possui sobre o longa.
No decorrer do Clube do Filme, o autor descreve frustrações quanto a amores e amizades de Jesse, assim como a repercussão da sociedade no que tange aos julgamentos a maneira como David educa seu filho.  A forma como o pai lida com Jesse transparece uma sinceridade inigualável, confirmada pela homenagem do autor no término do livro.
Ao longo da obra o autor deixa claro o que cada um dos 113 filmes citados na filmografia auxiliaram no estímulo pedagógico de Jesse. Ao término do livro, o leitor percebe o quanto a medida foi eficaz para a formação do menino, que por sua vez, cria consciência da importância do aprendizado e essencialmente, valoriza a luta para correr atrás de seus objetivos.
O “Clube do filme” é um ótimo ensejo para você que quer conhecer filmes clássicos, e de quebra, levar uma lição de vida inspirada em um linda relação de pai e filho!

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