Sinopse:
“Num mundo dividido em comunidades, habitantes vivem uma realidade ideal. Sem doenças nem guerras, sem preconceitos nem relações afetivas, sem cores e também sem sentimentos. Dentre eles apenas uma pessoa (Jeff Bridges) é encarregada de armazenar todas as memórias para que o passado não os influencie. De tempos em tempos essa tarefa muda de mãos e agora o escolhido é o jovem Jonas (Brenton Thwaites.”
“Num mundo dividido em comunidades, habitantes vivem uma realidade ideal. Sem doenças nem guerras, sem preconceitos nem relações afetivas, sem cores e também sem sentimentos. Dentre eles apenas uma pessoa (Jeff Bridges) é encarregada de armazenar todas as memórias para que o passado não os influencie. De tempos em tempos essa tarefa muda de mãos e agora o escolhido é o jovem Jonas (Brenton Thwaites.”
Baseado no livro O Doador, de Lois Lowry, o filme trata de um futuro que remete a Jogos Vorazes e Divergente. Comunidades, jovens revoltados e situações não previstas pelo governo.
O passado é oculto da população, de forma a poupá-los de qualquer sofrimento e também para que o doador possa guiá-los com sua sabedoria. E é o que tem feito o “Doador” até que novo receptor seja escolhido.
Embora sem muita ação o filme é pura reflexão. Filosofia, questionamento em relação ao poder do governo, de certa forma, uma réplica das intenções nazistas de Hitler. Afinal, ele adoraria ter vivido num mundo em que apenas sua voz fosse ouvida sem questionamentos.
E por essa falta de ânimo, de contraposição, de paixão e ardor é que se torna um mundo de mesmice, em preto e branco. E é também pelo mesmo motivo que você verá a primeira parte apenas em preto e branco.
Os casais existem para cuidar das crianças criadas artificialmente. Pois não há toque entre eles, muito menos sexo. As profissões são escolhidas pelos mais velhos, os Anciões. Todos têm horário para dormir e acordar e quando saem de casa passam o pulso por um mecanismo que neles injeta uma substância que lhes inibe as emoções. Mas é claro que eles não sabem disso, apenas obedecem.
Jonas então atinge a idade de ter sua profissão escolhida. E diferente de seus amigos, não é chamado para nenhuma. Ele, que já tem um espírito rebelde e contrário ao sistema é escolhido para receber todas as memórias e ser o próximo Doador.
Incompreensível de início, afinal Jonas é muito contestador, percebemos que logo haverá um grande envolvimento entre o guardião de memórias e ele. Afinal o doador está desejoso demais em divulgar tudo o que sabe.
Brenton, de 25 anos, convence no papel de um adolescente de 15. Katie Holmes (sua “mãe”) e Taylor Swift (a filha do doador) se saem bem em seus papeis secundários. Jeff parece carrancudo, mas logo a cara de mau se desfaz. Meryl Streep mais uma vez interpreta uma mulher decidida, mas dissimulada.
Jonas fica feliz com as primeiras memórias que recebe. E quando descobre a cor tudo ganha sentido a seu redor. Até conhecer os ataques à natureza e as guerras. Aí então ele decide que não vai ficar com essas memórias só para si e o filme ganha um pouquinho mais de ação.
Essa pouca ação, porém, faz com que muitos jovens que foram ao cinema atrás de mais um livro que se tornou filme para adolescentes, se desiludam. Muitos saem reclamando da falta de romance, de tiroteios e perseguições. Muitos sequer percebem o porquê das cenas serem em preto e branco. Gostam muito é de colorido e em 3D.
Portanto, é um filme para adultos que, erroneamente, foi descoberto por adolescentes. Tem como lema que “quando as pessoas têm liberdade de escolher, escolhem errado”. Ainda é possível assisti-lo no Cineflix do Shopping Pelotas. Eu gostei muito do que vi e minha nota é 9.
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