quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Desespero (2006)

desespero
Título original: Desperation
Gênero: Drama, Fantasia, Terror
Duração: 131 minutos
Ano de lançamento: 2006
Diretor: Mick Garris
Roteiro: Stephen King
Produção: Bruce Dunn, Mick Garris, Stephen King, Mark Sennet, Kelly Van Horn.
Elenco: Tom Skerritt (John Marinville), Steven Weber (Steve Ames), Annabeth Gish (Mary Jackson), Henry Thomas (Peter Jackson), Shane Haboucha (David Carver), Kelly Overton (Cynthia Smith), Ron Perlman (Collie Estragian).
Trailer
A maioria das adaptações que King tem participação na produção do filme, tem a vantagem de algumas cenas serem exatamente como descritas no livro. É assim a primeira cena de Desespero. O gato pregado na placa, Peter e Mary viajando na rodovia 50, a estrada mais solitária dos EUA. Até os diálogos nesse início são praticamente iguais.
Esse começo do filme me empolgou exatamente por isso: mostrar que poderia ser uma fiel adaptação. O ator escolhido para interpretar Estragian foi uma ótima escolha. Perlman tem o perfil correto do policial descrito no livro: alto e assustador. A interpretação de Perlman e dos outros atores, inclusive de Shane que faz o papel de David são boas. É possível imaginar o David no livro como Shane o interpreta.
Porém uma coisa importante faltou no filme: emoção, ou mesmo, desespero. O início do livro é completamente tenso, carregado de suspense e de certa forma eles conseguem passar esse sentimento para o filme, só que isso permanece no livro todo, mas no filme acaba por aí. O filme não nos empolga, não nos deixa “pregados” a tela. Sendo sincera, eu parei o filme na metade e depois foi difícil de continuar.
Como eu disse na resenha do livro, é a história mais religiosa de King e isso, claro, é passado para a adaptação, porém, infelizmente algo que no livro é bonito, importante, no filme deixou as coisas ainda mais paradas e chatas. Por o filme ser tão religioso quanto o livro, mas sem as emoções, ficou por isso mesmo: um filme puramente religioso. E isso, na minha opinião é chato. Algo só pra quem gosta mesmo.
Não é uma adaptação totalmente fiel, algumas partes foram cortadas e alteradas, o acidente do amigo de David é um claro exemplo disso – no filme eu ri quando aconteceu.
Portanto, Desespero é um bom filme até certo ponto. Um filme longo que infelizmente se torna enfadonho.
Curiosidades
  • O filme foi escrito originalmente como uma minissérie em duas partes, mas a rede ABC preferiu mostrar o filme inteiro em uma noite em um intervalo de tempo de três horas.
  • Esta é a sexta história de King que Mick Garris dirigiu como uma série de TV: Sonâmbulos, A Dança da Morte, O Iluminado, A Maldição de Quicksilver e Montado na Bala.
  • Em 10 de dezembro de 2004, um set na Tucson Convention Center (TCC) a ser utilizado para filmar o desmoronamento na mina pegou fogo quando o departamento de efeitos especiais cometeu um grande erro. Cinco pessoas ficaram feridas, duas delas o suficiente para precisar de internação. O fogo destruiu tudo no set, incluindo todos os equipamentos de produção e o TCC sofreu danos de água e fumaça. Os convites para o premier diziam: “o filme que pôs fogo no TCC”.
  • King teria ficado aborrecido com a rede ABC que decidiu passar o filme na mesma noite de estréia da popular série “American Idol”. King culpou a decisão como o motivo das decepcionantes avaliações que Desespero recebeu.

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