quinta-feira, 22 de outubro de 2015

10 razões do porquê Stanley Kubrick é o melhor diretor que já viveu

Kubrick é único. A sua visão é única, insubstituível e, infelizmente, ele morreu antes de seu tempo, deixando um legado incomparável de filmes que têm resistido ao teste para as gerações seguintes.
Talvez o que há de mais interessante na carreira de Kubrick é que ele sempre foi capaz de equilibrar os temas e os métodos de filmagem com uma busca incomparável pela originalidade: não há dois filmes de Kubrick que são remotamente similares em suas primeiras camadas, e ainda toda a consistência de seus filmes é indiscutível, essencialmente Kubrickiana.
Aqui, então, estão 10 razões do porquê Stanley Kubrick é o maior cineasta que já viveu:

Ele começou como fotógrafo.

tumblr_miupr8wAn71qav5oho1_1280Pois é, a carreira profissional de Kubrick começou na fotografia e foi quando chamou a atenção dos editores da Look ainda em 1945, aos 17 anos, que vendeu para a revista a foto de um homem em uma banca de jornais, cercado por notícias da morte do presidente Roosevelt. E assim o futuro diretor de cinemas começou a pegar gosto pela coisa. Ele ficou no time de fotógrafos dessa revista até os anos 50, onde trocou sua câmera fotográfica por uma filmadora.
Ele se aproximou do seu ofício diferente da maioria.
kubrick-1Kubrick passou por altos e baixos durante sua carreira, mas logo percebeu que era hora de mudar e não ficar na mesmice. Além de diretor, Kubrick é considerado um grande autor, o que – de fato – era algo inédito e necessário para o momento de Hollywood.

Kubrick se concentrou em manifestações externas de emoções internas através da exploração de conceitos literários desenvolvidos por Brecht, Nietzsche e Freud.

kubrick-2Ao compreender esses três titãs, talvez você entenda Kubrick.
Brecht foi pioneiro das teorias theatercraft que atores e diretores constantemente são desafiados a quebrar a “quarta parede” de complacência entre o palco e teatro, que mais tarde se tornou conhecido como dispositivo de distanciamento brechtiano. Nietzsche escreveu sobre o homem e o “além-do-homem”, a certeza da supremacia moral contra a complacência moral e desespero silencioso.
Freud foi pioneiro nos estudos do “Id”, que está conosco desde que nascemos e é norteado pelo “princípio do prazer”, mas seus desejos são frequentemente reprimidos. Quantas vezes pode-se dizer que a cura é pior do que a doença?!

Kubrick não teve medo de empregar a tecnologia para sustentar a sua visão.

kubrick-3O uso do humor negro em filmes cômicos e não-cômicos.

peter-sellers-as-dr-strangeloveO uso da música por Kubrick.

monkey2001_zps4ad2b4deOs filmes do diretor não seriam os mesmos sem as trilhas sonoras escolhidas tanto por ele quanto pela equipe responsável pelas trilhas sonoras. Certamente é uma característica muito marcante de sua obra.

O estilo visual de Kubrick da “One-Point Perspective” e o Rastreamento Reverso de filmagem.


Preciso falar mais alguma coisa?

Uso de Kubrick do narrador confiável / não confiável.

Alex_DeLarge.Na maioria das escolas de cinema, é ensinado a nunca utilizar narração – que é uma maneira preguiçosa de contar uma história – e há alguma validade neste julgamento. Os primeiros filmes de Kubrick usam narração de um jeito tanto desajeitado e não muito convincente. Mas depois há Laranja Mecânica, Barry Lyndon, e até certo ponto Full Metal Jacket, alguns dos melhores exemplos do cinema nesse e em outros aspectos.

Formalismo muito rigoroso de Kubrick em seus roteiros e peculiar estilo de representação por seu elenco.

kubrick 4Todos sabem que Kubrick era muito rigoroso em todas as suas tomadas, enquanto a cena não saía do jeito que ele queria, os atores deveriam repetir quantas vezes fossem necessárias. Mas isso se tornou um ícone do cinema, além de ter tido como resultado belíssimos e perfeitos longas metragens.
Mas, por outro lado, Kubrick também era passívo para bons atores liberarem sua criatividade em cena, por exemplo no filme “Nascido Para Matar”, onde o ator Ronald Lee Ermey, na realidade um sargento do exército, não possuía diálogos na cena em que intimida os soldados por meio de xingamentos. Tudo foi mera improvisação.

E por último, a carreira de Stanley Kubrick como um todo.

IMG_4944Stanley Kubrick, de personalidade forte e um confiante estilo de direção foi tão impressionante e funcional, ele cuidadosamente conseguiu transcender as limitações do sistema de estúdio e entregar suas propostas cinematográficas do jeito que ele queria que elas ficassem.
Ao longo de sua carreira, ele teve alguns contratempos, sendo o mais famoso a cinebiografia não realizada de Napoleão Bonaparte, mas sempre teve sucesso em deixar sua marca em todos os filmes que fez com quantidades generosas de liberdade artística.
1951 – Day of the Fight (documentário)
1951 – Flying Padre (documentário)
1953 – Fear and Desire
1953 – The Seafarers (documentário)
1955 – Killer’s Kiss
1956 – The Killing
1957 – Paths of Glory
1960 – Spartacus
1962 – Lolita
1964 – Dr. Strangelove
1968 – 2001: A Space Odyssey
1971 – A Clockwork Orange
1975 – Barry Lyndon
1980 – The Shining
1987 – Full Metal Jacket
1999 – Eyes Wide Shut
fonte: Taste of Cinema

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