Nº de páginas: 160
R$35,90
Editora: Rai Ficção
Pontuação: ♥ ♥ ♥ ♥
Sinopse: A partir de que ponto a busca pelo poder e pela vitória podem nos afastar daquilo que é bom? E mais que isso, daquilo que é humano? Essas são as principais dúvidas que Anna Sharp coloca aos leitores em seu novo livro, Zul. A vivência do personagem, que dá nome ao livro, faz com que possamos refletir sobre atitudes e valores e, como elas afetam nossa vida e de todos ao redor.
Este é um livro muito bonito, tanto visualmente, quanto no seu conteúdo.
Primeiramente, falando de sua diagramação e trabalho gráfico, eu digo que babei. A capa é linda e o livro é recheado de detalhes e ilustrações que ajudam muito no contexto do livro.
Falando do conteúdo, ele é muito interessante. A narartiva é leve e dinâmica, além de ser rápida e fácil. O livro lembra muito um conto, o que instiga a leitura. O que achei muito legal é o uso das palavras ao avesso. Como por exemplo, amor | roma, poder | redop, etc. A autora fez uso desta linguagem justamente para mostrar os sentimentos negativos e como o ser humano pode ser avesso à muitas coisas sem motivo. No livro a sociedade é dividida entre osCinzas (que acham ter razão em tudo, querendo apenas chegar ao Alto e ter muito redop) e os Coloridos (que levam uma vida de amor e paz).
Zul é o personagem central da estória. Sendo um Cinza, tudo o que ele quer é chegar cada vez mais Alto, no topo do redop. Pelo menos foi assim que foi educado. Toda a sociedade pensa assim, por que ele pensaria diferente? Além disso, todos os Cinzas como ele têm que carregar pesados sacos de culpa em seus ombros, e pendurar no pescoço colares com contas enormes e pontiagudas (colares que ficam cada vez maiores) denominadas de tenho que. Estes colares representam tudo aquilo que os Cinzas têm que alcançar.
Um dia Zul machuca sua perna e é salvo por um Colorido. Ele acaba conhecendo também a Colorida Ula, por quem se apaixona. Ele começa a perceber que tudo aquilo em que acreditava não passa de uma visão deturpada do mundo, e que ele precisa tirar as suas lentes Cinzas para enxergar toda a beleza da vida.
" Estaríamos nós, os Cinzas, vivendo e vendo o mundo pelo avesso? "
O que gostei muito no livro foi a mensagem transmitida e a moral (adoro livros que nos fazem parar para refletir). O livro traz questões de espiritualidade e cotidiano, e nos faz parar para pensar em como levamos a vida, e o por que dos nossos sentimentos. Levar uma vida com mais amor e paz pode ser difícil, mas com certeza depende muti de nós mesmos e de como vemos e encaramos o mundo.
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