Resenha da segunda temporada de Stranger Things, da Netflix (Stranger Things 2)
Ano: 2017 |
Título Original: Stranger Things 2 |
Criação: The Duffer Brothers |Nº de Episódios: 09 |
Avaliação: ★★★★★ (Excelente) |
Stranger Things pode ser considerada hoje o grande carro-chefe da Netflix. Fenômeno mundial, a série resgatou atores veteranos, revelou jovens estrelas e garantiu à gigante de entretenimento conquistas e indicações no Emmy 2017, um feito incrível para uma produção originada em uma plataforma de stream. E sob a responsabilidade de responder ao gigantesco hype para a segunda temporada, Stranger Things 2 faz bonito.
Atenção: vale ler este texto com esta trilha sonora original incrível e imersiva.
Pense em todos os elementos que tornaram a série tão cativante. A ambientação oitentista, personagens incrivelmente carismáticos, uma mescla perfeita de terror, suspense, aventura e comédia e, claro, tudo regado a uma trilha sonora impecável. Pois bem, estes itens continuam presentes na nova temporada e, não obstante, foram todos ainda melhor explorados.
A começar pelos personagens. Se na primeira temporada tivemos a trama girou principalmente em Mike e Eleven (ou Onze, se preferir), nesta os demais coadjuvantes ganharam um bocado de espaço para brilhar e permitir que seus intérpretes se sobressaiam, justificando ainda mais o prêmio de Melhor Elenco recebido pela série no Emmy deste ano.
O foco da temporada é em Will, mais especialmente nas consequências que seu retorno do Mundo Invertido implicaram. O garoto, que pouco apareceu na primeira temporada, mostra-se um personagem bem interessante e intenso, reforçando a qualidade do jovem Noah Schnapp como um ator muito promissor. Dustin e Lucas também receberam mais profundidade – este último, especialmente, soa muito mais carismático nesta temporada. E até mesmo Steve merece uma menção honrosa, demonstrando amadurecimento (o que pode deixar confuso os espectadores quanto a quem torcer para que fique com Nancy Wheeler).
Como boa série que se preze, Stranger Things 2 também traz caras novas (algumas nem tão novas) bastante interessantes. A garota Max, interpretada por Sadie Sink, é destaque no elenco mirim, enquanto Sean Astin (nosso eterno Sam, de O Senhor dos Anéis) ressurge das cinzas hollywoodianas como o bonachão Bob, personagem que ganha relevância durante a temporada. Dacre Montgomery (Jason, de Power Rangers) também reforça o já estrelado elenco.
Millie Bobby Brown, mais uma vez, dispensa comentários como Eleven. Não é exagero nenhum dizer que estamos diante de uma nova estrela como Natalie Portman, que também surgiu aos holofotes com mais ou menos a mesma idade – com um talento e carisma equivalentes. A personagem, inclusive, possui um episódio quase todo dedicado a seu background – que pode soar como fan service, mas, ao contrário de muitos fillers (episódios que não dão continuidade direta a uma trama), possui total coerência e importância no enredo.
Entretanto – ao menos na humilde opinião de quem vos escreve – o grande destaque desta segunda temporada é Jim Hopper. David Harbour, indicado ao Emmy como melhor ator coadjuvante pelo personagem em Stranger Things, mostra que fez da nomeação algo mais que merecido e provando que nunca é tarde para se ganhar um lugar de destaque em Hollywood. Harbour, inclusive, já está escalado para viver Hellboy no remake cinematográfico que deve ser lançado no próximo ano.
A narrativa é mais bem dosada em questão de ritmo. Se na primeira temporada temos primeiros episódios menos agitados e um crescimento na segunda metade, desta vez há uma cadência maior entre cada um – mas, claramente, temos dois episódios finais de tirar o fôlego, recheados de emoção e um clima de terror impressionante, tanto em termos de produção visual como de roteiro.
Como já deve ter notado lendo até aqui, é fácil discorrer sobre todas as virtudes de Stranger Things 2. E se há algum defeito, bom… Este defeito é nos fazer esperar uma eternidade pela próxima temporada. E então, está esperando o quê pra assistir?
Precisa de mais argumentos pra assistir? Escuta esta trilha cheia de hits, bicho!
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