Edilton Nunes
“Ninguém ficou realmente surpreso quando aconteceu, não no nível inconsciente onde as coisas selvagens crescem.”
(Stephen King – Carrie)
Título Original: Carrie
Título Traduzido: Carrie / Carrie, a Estranha
Ano de Publicação: 1974
Data de Publicação nos EUA: 05/04/1974
Personagens Principais: Carrieta White, Margaret White, Sue Snell, Chris Hargensen e Billy Nolan
Cidade da História: Chamberlain
Estados da História: Maine
Adaptação: Carrie, a Estranha (1976)
Derivados: A Maldição de Carrie (1999) / Carrie (2002)
Disponível no Brasil pelas Editoras: Nova Fronteira (1974) – Abril Cultural (1983) – Nova Cultural (1987) – Planeta DeAgostini (2004) – Objetiva (2007) – Ponto de Leitura (2009)
Título Traduzido: Carrie / Carrie, a Estranha
Ano de Publicação: 1974
Data de Publicação nos EUA: 05/04/1974
Personagens Principais: Carrieta White, Margaret White, Sue Snell, Chris Hargensen e Billy Nolan
Cidade da História: Chamberlain
Estados da História: Maine
Adaptação: Carrie, a Estranha (1976)
Derivados: A Maldição de Carrie (1999) / Carrie (2002)
Disponível no Brasil pelas Editoras: Nova Fronteira (1974) – Abril Cultural (1983) – Nova Cultural (1987) – Planeta DeAgostini (2004) – Objetiva (2007) – Ponto de Leitura (2009)
Sinopse/Critica
Em todo colégio, sem exceção, sempre existe o bobo da sala, aquele que é sempre maltratado, seja por ser baixo demais, por ter um nariz grande demais ou mesmo por ter um físico frágil. Na escola de Carrie não é exceção, e o bobo da sala é a própria Carrie. Por ter uma mãe que é fanática religiosa, e por não ser exatamente um exemplo de beleza, Carrie White, com suas horríveis espinhas, foi apelidada na escola, dentre tantas outras denominações, de “Carrie, a estranha”. Após um garoto zombar dela, Carrie acaba derrubando-o da bicicleta apenas com a força da própria mente. Aos poucos a garota vai percebendo que tem um dom: telecinesia, o poder de mover as coisas com a mente. Munida de ódio e seu recém-descoberto poder, Carrie vai se vingar de todas as humilhações que passou e fazer com que todos que pisaram nela paguem muito caro.
King aborda a questão da criança que cresce em meio a um ambiente psicologicamente conturbado muito bem, talvez devido ao fato de que foi professor e acompanhou de perto a vida de alunos que passaram por diversos problemas com seus familiares. Suas experiências pessoais o ajudaram a traçar o perfil de Carrieta White, tornando-a semelhante à muitas outras crianças que sofreram e que ainda sofrem de bullying, mas que felizmente (ou seria infelizmente?) não possuem poderes telecinéticos para se defenderem dos agressores.
Diferente dos outros romances do autor, esse é mais verossímil (as notas jornalisticas colaboraram para dar um tom de “realidade” a história). Em Carrie, apesar de se deparar com uma garota com poderes psíquicos, os únicos monstros que você irá encontrar são os colegas de colégio de Carrie e sua própria mãe, uma fanática religiosa que não medirá esforços para fazer com que a filha ande supostamente na linha, segundo os preceitos que ela acredita, agradarem a Deus. O mal, nesse romance, tem rostos e nomes, e, apesar dos pesares, não é Carrie.
Apesar de ser o romance de estréia do autor, o tom narrativo é maduro em grande parte do romance. Além de notas jornalisticas, também temos descrições de audiências no tribunal, trechos de livros, reportagens e até mesmo um obituário. O que começou, inicialmente, como uma forma de expandir a história (reza a lenda que “Carrie” foi escrito em forma de conto, posteriormente “alongado” para que se transformasse no romance, após ter sido resgatado do lixo pela esposa de King, Tabitha) acabou dando o tom de realidade que a obra precisava para ser apreciada pelos leitores. Atualmente esse tipo de “técnica narrativa” é mais comum, porém, quando “Carrie” foi publicado, em 1974, poucos eram os escritores que utilizavam do artificio. Seu sucesso fez com que o livro fosse transposto para o cinema, num filme que carrega o mesmo nome do romance e que permitiu que Stephen King se estabelecesse como um dos maiores escritores de terror/suspense da atualidade.
CURIOSIDADES
- Primeira novela publicada de King e quarta escrita. – King se baseou em dois colegas de escola para compor Carrie, eram irmãos de uma família rigorosamente religosa e pobre, que eram motivo de chacota no colégio por usarem sempre as mesmas roupas.
- É um dos livros freqüentemente banidos nas escolas americanas (o filme foi banido na Finlândia).
- Escrito no famoso estilo Romance Epistolar.
- Escrita na mesma máquina em que ele escreveu “Angústia” (Misery).
- A história foi escrita originalmente como um conto para a revista Cavalier. King resolveu jogar o que já tinha escrito no lixo, mas sua esposa pegou de volta e o convenceu a terminar o conto, colaborando com sugestões e dando dicas da visão feminina do período de educação básica. O conto cresceu e acabou se tornando uma novela.
- King soube da aceitação do livro por uma editora por telefone, estando sozinho em casa e relata a situação em On Writing, comentando que jamais pensou que um livro como Carrie fosse ser aceito e tão bem remunerado.
- King faz duas “aparições” especiais no livro. A primeira delas é como professor de Carrie, Edwin King (Edwin é o nome do meio do autor), a outra é como o cantor popular que se apresenta no baile de formatura da escola Ewen High, John Swithen. Esse era o pseudônimo usado por King, quando publicou seu conto “A quinta quarta parte” na revista Cavalier.
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