Fortaleza Digital (Resenha)
Dan Brown é aquele escritor que você ama ou odeia. A maior crítica em relação aos seus trabalhos são os clichês e a fórmula que usa para desenvolver seus enredos. Sem muitas variações, a base de seus livros é sempre essa: um protagonista culto, inteligente e determinado. Esse personagem, junto do seu coadjuvante, tem um problema gigantesco – geralmente de segurança nacional – para resolver em pouco tempo, resultando em perseguições frenéticas, muita ação e mil reviravoltas.
É uma fórmula pronta? Sim. Tem sua larga cota de clichês? Sim. É ruim? Não. De jeito nenhum.
Fortaleza digital é o seu primeiro livro, publicado em 1998 e, ao contrário da maioria, foi o meu contato inicial com o autor. Tem como protagonista Susan Flecther, a mais importante criptóloga da NSA (The National Security Agency). Responsável por monitorar, processar e decodificar mensagens em prol da proteção da nação norte-americana, a NSA cria um computador caríssimo, o TRANSLTR, que é capaz de quebrar todo e qualquer algoritmo pelo qual é submetido. A ferramenta perfeita para os criptólogos. Em posse do TRANSLTR, a NSA conseguia decifrar qualquer mensagem e obter a informação que quisesse.
Tudo estaria às mil maravilhas se Ensei Tankado não tivesse criado um algoritmo tão complexo que nem o TRANSLTR conseguia decifrar. Absolutamente perplexos, a NSA entra em surto quando descobre que alguém, de alguma forma, foi capaz de tornar obsoleto seu computador de 2 bilhões de dólares. Para proteger-se, Tankado jura que se algo acontecer com ele, outra pessoa – que também possuía o algoritmo, batizado de fortaleza digital – iria liberá-lo ao mundo, tornando pública a ameaça.
Quando Tankado é misteriosamente assassinado, uma corrida contra o tempo (olha lá, a marca registrada do Dan Brown) começa, com o objetivo de encontrar esse outro sujeito antes que seja tarde demais.
Foi em Fortaleza digital que Dan Brown começou a dar seus primeiros passos para a construção desse estilo que hoje é tão famoso – seja pelos lovers ou pelos haters. É provável que seja o único livro do autor que não envolva um tema polêmico, como acontece em outras de suas obras. Para quem tem interesse em mensagens cifradas e criptologia, é uma leitura que vale a pena. Não se esqueçam de levar em conta que o livro é de 1998! Ou seja, coisas citadas como tecnologia de ponta na época podem não ser mais novidade para quem o lê em 2015.
Viciante, justamente pela pressa que o autor tem de que tudo seja resolvido logo, e sem muita profundidade de enredo, porém, cumpre com toda certeza o papel de entreter.
7.5BOM.
Típico Dan Brown. É seu tipo de leitura? Vai fundo. Não é? Experimente. Momentos de surpresas e aflição são garantidos.
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