AGO
06
2015
Autor: Emily St. John Mandel
Ano: 2015
Número de páginas: 320
Sinopse: Certa noite, o famoso ator Arthur Leander tem um ataque cardíaco no palco, durante a apresentação de Rei Lear. Jeevan Chaudhary, um paparazzo com treinamento em primeiros socorros, está na plateia e vai em seu auxílio. A atriz mirim Kirsten Raymonde observa horrorizada a tentativa de ressuscitação cardiopulmonar enquanto as cortinas se fecham, mas o ator já está morto. Nessa mesma noite, enquanto Jeevan volta para casa, uma terrível gripe começa a se espalhar. Os hospitais estão lotados, e pela janela do apartamento em que se refugiou com o irmão, Jeevan vê os carros bloquearem a estrada, tiros serem disparados e a vida se desintegrar.Quase vinte anos depois, Kirsten é uma atriz na Sinfonia Itinerante. Com a pequena trupe de artistas, ela viaja pelos assentamentos do mundo pós-calamidade, apresentando peças de Shakespeare e números musicais para as comunidades de sobreviventes.Abarcando décadas, a narrativa vai e volta no tempo para descrever a vida antes e depois da pandemia. Enquanto Arthur se apaixona e desapaixona, enquanto Jeevan ouve os locutores dizerem boa-noite pela última vez e enquanto Kirsten é enredada por um suposto profeta, as reviravoltas do destino conectarão todos eles. Impressionante, único e comovente, Estação Onze reflete sobre arte, fama e efemeridade, e sobre como os relacionamentos nos ajudam a superar tudo, até mesmo o fim do mundo.
Resenha: Oi Povo, tudo bem?
Hoje vamos falar de um livro que chegou aqui em casa de surpresa com um kit super fofo, mas me fez ter um medo danado do “final do mundo”. Esse livro é o “Estação Onze” lançado pela Editora Intrínseca e que chegou para abalar as estruturas dos meros mortais! Rsrs
Logo na capa temos um recadinho de ninguém mais, ninguém menos que George R. R. Martin:
"Um livro que se destaca de todos os outros; Do qual me lembrarei por muito tempo e ao qual retornarei".
O livro começa com a morte do ator Arthur Leander durante a apresentação da peça Rei Lear. Jeevan, que estava assistindo a peça percebe que o ator está tendo um ataque cardíaco e tenta socorre-lo, mas infelizmente é tarde de mais, assim que às cortinas se fecham ele é dado como morto. A cena em que Arthur interpretava no momento de seu ataque cardíaco tinha a participação de três atrizes mirins, uma delas é Kristen que era super próxima do ator.
Jeevan vai embora do teatro simplesmente desiludido por não ter conseguido ajudar Arthur e ainda por cima está chateado por sua a namorada ter ido embora para casa sozinha, sua esperança era que aquela noite salvasse o relacionamento deles. No caminho para casa ele recebe a ligação do amigo Hua, que é médico num hospital de emergência, que o avisa que uma terrível gripe está se espalhando na cidade. Uma Gripe que mata em menos de doze horas.
"- Desde hoje de manhã, já recebemos duzentos pacientes de gripe - disse Hua. - Cento e sessenta nas últimas três horas. Quinze morreram. O setor de emergência está lotado de casos novos. Pusemos leitos nos corredores. O Ministério da Saúde vai fazer uma declaração oficial. - Não era só exaustão, Jeevan se deu conta. Hua estava com medo."
Jeevan para no primeiro supermercado que vê e lá compra um estoque de comida e com isso se refugia na casa do seu irmão. Os dias vão passando e ele vê pela TV como a gripe se espalhou deixando o mundo inteiro em pânico. Simplesmente as coisas saem do controle de uma maneira que ninguém nunca imaginou.
"Os dias passaram rápido e as notícias continuavam, até que começou a parecer algo abstrato, um filme de horror que não terminava. Os locutores tinham um jeito de falar entorpecido, monótono. Às vezes choravam."
A partir daí, o livro começa a intercalar entre o passado e o presente, conhecemos uma série de personagens incríveis que nos ajudam a montar um grande quebra a cabeça.
No passado acompanhamos a vida de Arthur e todos os três casamentos, ele era uma pessoa que se apaixonava fácil e desapaixonava mais fácil ainda! Rsrs Apesar de ser mega famoso e ter dinheiro para dar e vender, ele não era uma pessoa feliz.
No presente acompanhamos uma Terra completamente diferente, é um planeta onde as pessoas tentam sobreviver e se adaptar ao novo mundo. Mundo esse onde:
- Não existe luz, água encanada, telefone, internet, hospitais ou medicamentos;
- As pessoas não confiam nas outras pela própria segurança;
- Não existem fronteira entre os países;
- Todas as estradas construída não existem mais e que as casas/apartamentos foram saqueados procurando de algo de valor;
- A maioria das pessoas morreu da noite para o dia e quem sobreviver a doença não significa vida tranquila.
Nesse mundo de “caos” existem pessoas tentando levar a arte (peças e números musicais) para todos os sobreviventes, esse grupo é conhecido com Sinfonia Itinerante. Entre os integrantes desse pequeno grupo está Kristian, agora ela é uma mulher com mais de vinte anos que conta como sobreviveu a pandemia.
"A Sinfonia Itinerante percorria as cidades do mundo transformado e fazia aquilo desde cinco anos após a calamidade, quando a maestrina reuniu alguns amigos de sua orquestra militar, deixou a base aérea onde eles moravam até então e partiu para o desconhecido."
O livro é cheio de reviravoltas e detalhes que quando encaixados nos deixam chocados. O que posso dizer é que o aviso do George R. R. Martin é super válido.
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