Homens, Mulheres e Filhos (Resenha)
POR LUCAS LIMA
Há um bom tempo eu não via um livro que não fosse de ação, aventura, fantasia ou romance. Homens, mulheres e filhos é um livro que traz em sua história a vida e o relacionamento de adolescentes e suas famílias no Estados Unidos. Para mim, um gênero classificado como comportamental, se é que existe.
Chad Kultgen (autor do livro), usa uma linguagem moderna para escrever, transportando o leitor para a fase da adolescência, fazendo-o entender o que pensam e como agem. Assim como os adolescentes, os adultos se tornam personagens, porém o foco é na faixa etária dos 13 e 14 anos do ensino fundamental da Goodrich Junior High School, a escola que os personagens estudam, citada no livro.
O acompanhamento desse grupo de alunos da escola traz para a trama diversos assuntos que rondam a cabeça de milhares de adolescentes: a anorexia, sexo, virgindade, separação de pais, adultério e popularidade, por exemplo. Itens relevantes na convivência de pais e filhos e que precisam de atenção especial, principalmente nos dias de hoje. Assim como esses assuntos, a comunicação entre os personagens se baseia principalmente no uso das redes sociais. O autor transparece o impacto disso nos relacionamentos, nas relações pessoais e nas ações que não fariam pessoalmente, principalmente pela linguagem que usam entre eles.
Homens, mulheres e filhos poderia ser uma história real, criada a partir de entrevistas com os alunos de qualquer escola, os quais enfrentam esses problemas na passagem de suas vidas. A imersão no mundo dos personagens faz a leitura de 352 páginas ser rápida e fácil, deixando fixa a vontade de querer ler ainda mais para que cada história tenha seu desfecho.
Confesso que não conhecia esse livro antes de saber do seu filme, ao qual vi antes de ler, fazendo com que o interesse na leitura viesse de acordo com o bom enredo utilizado no longa.
Agora tendo uma noção dos dois, fica claro que a abordagem sobre os relacionamentos na adolescência é mais compreensível ao leitor do que o telespectador, uma vez que no livro os temas são mais discutidos a fundo, ou melhor, são mais vividos.
Digo mais uma coisa: não espere bons romances ou finais felizes para este livro, em muitas realidades o conto de fadas fica apenas na imaginação.
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