quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Jurassic Park de John Michael Crichton


Livro cedido pela editora para resenha
ISBN: 9788576572152
Tradução: Márcia Men
Ano de Lançamento: 2015
Número de Páginas: 528
Editora: Aleph
Classificação: ♥♥♥
Uma impressionante técnica de recuperação e clonagem de DNA de seres pré-históricos foi descoberta. Finalmente, uma das maiores fantasias da mente humana, algo que parecia impossível, tornou-se realidade. Agora, criaturas extintas há eras podem ser vistas de perto, para o fascínio e o encantamento do público. Até que algo sai do controle. Em Jurassic Park, escrito em 1990 por Michael Crichton, questões de bioética e a teoria do caos funcionam como pano de fundo para uma trama de aventura e luta pela sobrevivência. O livro inspirou o filme homônimo de 1993, dirigido por Steven Spielberg, uma das maiores bilheterias do cinema de todos os tempos.


“E aí, sem nenhum aviso, o lagarto saltou na mão estendida. Tina podia sentir os dedinhos dos pés dele beliscando a pele de sua palma, e sentia o surpreendente peso do corpo do animal pressionando seu braço para baixo. E então o lagarto subiu correndo pelo braço dela, na direção do rosto.” – Pág. 34

John Michael Crichton foi um escritor estadunidense nascido em Chicago, em 1942, falecido em Los Angeles, em 2008. Foi escritor, produtor de filmes e de séries de TV, além de diretor. Especializou-se em escrever livros do gênero thriller tecnológico. Entre os seus sucessos literários estão: O Enigma de AndrômedaO Grande Roubo do Trem;Sol NascenteJurassic Park e a continuação Mundo PerdidoLinha do TempoCongo e Presa.

Michael Crichton escreveu 25 livros entre os anos de 1967 à 2009. Seu último trabalho, completo, foi Latitudes Piratas. Crichton estava trabalhando em um novo livro, Micro, quando faleceu. A finalização do livro ficou a cargo do autor Richard Preston, e foi publicado em 2011. Crichton também foi autor de quatro livros de não-ficção e de vários contos e roteiros para cinema e TV.

Ainda hoje, Michael Crichton é considerado um dos melhores autores de thrillers tecnológicos. Suas obras possuem um diferencial que poucos autores do gênero, ou de qualquer outro gênero literário, possuem: cada livro é único. Seus romances são inovadores e à frente da época em que foram publicados, apresentando tecnologias e pesquisas científicas de ponta. Um bom exemplo disso pode ser encontrado em seus livros: Jurassic Park, Congo, Presa, O Enígma de Andrômeda e Esfera. A maioria dos seus livros foram adaptados para o cinema ou TV.

Crichton ainda é pouco conhecido do leitor brasileiro, o que é lamentável. Seus livros são ótimos e possuem o diferencial de sempre trazer novos personagens e tramas inéditas.

“- O que eles fizeram – disse Dodgson – foi construir a maior atração turística na história do mundo.” – Pág. 99

Uma vez mais a Editora Aleph emplacou de primeira. Essa edição de Jurassic Park ficou um espetáculo. Da capa, passando pelo belíssimo layout, a diagramação esmerada, bordas das páginas em vermelho vivo, o livro é quase um visual cinematográfico! E o mais legal de tudo isso é que esse primor gráfico faz jus ao livro! Adorei!

Eu vi o filme, e por isso lhes digo que, só porque vocês assistiram ao filme Jurassic Park podem descartar o livro. Ledo engano, caros amigos! O livro é bem SUPERIOR ao filme em quase tudo. E olha que o roteiro do filme foi escrito pelo próprio Michael Crichton. Então por que o filme saiu diferente do livro? Acontece que o diretor e os produtores queriam um filme para a família; por isso pegaram leve nas cenas de terror. E neste quesito, o livro é muito melhor.

Em Jurassic Park, o livro, há muitas cenas bacanas e apavorantes que não foram inseridas no filme. No livro, Alan Grant Ellie Sattler, os paleontólogos, são mais carismáticos, e sofrem bem mais; o bilionário Sr. Hammond não tem nada de parecido com o simpático velhinho (que parece Papai Noel) do filme que se preocupa com o destino dos seus netinhos. Até mesmo a personalidade e a interação dos netos de Hammond, no livro, é bem diferente. O advogado Donald Gennaro, aquele que é comido pelo T-Rex sentado na privada depois de ter deixado os netos de Hammond no carro, é mais sovina e egocêntrico no livro. Os outros personagens seguem o mesmo escopo: são mais interessantes no livro.

Os dinossauros, que são o foco central da trama, não possuem o visual elaborado como visto no filme, claro, mas são muito mais assustadores aqui. Principalmente os Velociraptores. O ataque dessas criaturas mortais tem uma descrição especial no livro, onde Crichton consegue passar-nos a certeza de que os raptores possuem um grau de inteligência praticamente humana. Os ataques do T-Rex tem uma tensão maior no livro por conta da expectativa criada pelo autor nos instantes que precedem o ataque.

A narrativa de Crichton é pontuada de boas explicações, principalmente das tecnologias e pesquisas científicas. A descrição de personagens, dos cenários e situações é o seu diferencial, pois é perfeita. E isso gera uma imersividade incrível, fazendo com que a leitura flua prazerosamente com aquele gostinho de quero mais em mente. E Michael Crichton prova que ler um ótimo livro é a certeza que o leitor tem de ver o seu investimento retornar em forma de prazer de leitura.

Jurassic Park tem tudo de bom: suspense, terror, ação, tecnologia de ponta, dinossauros e mais dinossauros, um furacão e muito, mas muito, corre-corre. E eu poderia enumerar muitos outros motivos para convencer você que viu o filme Jurassic Park a ler o livro, mas só vou destacar um, que pra mim já é suficiente: o livro é SENSACIONAL! Ainda mais com essa edição caprichada da Editora Aleph para fãs de Michael Crichton e do filme. Eu recomendado! Favoritado!

“O tiranossauro grunhiu e fungou. Começou a se mexer. Grant se preparou para correr…” – Pág. 342

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