Número de Páginas: 376
Editora: Suma de Letras
Classificação: ♥♥♥♥♥
Editora: Suma de Letras
Classificação: ♥♥♥♥♥
Sinopse: Em uma cidadezinha na Nova Inglaterra, mais de meio século atrás, uma sombra recai sobre um menino que brinca com seus soldadinhos de plástico no quintal. Jamie Morton olha para o alto e vê a figura impressionante do novo pastor. O reverendo Charles Jacobs, junto com a bela esposa e o filho, chegam para reacender a fé local. Homens e meninos, mulheres e garotas, todos ficam encantados pela família perfeita e os sermões contagiantes. Jamie e o reverendo passam a compartilhar um elo ainda mais forte, baseado em uma obsessão secreta. Até que uma desgraça atinge Jacobs e o faz ser banido da cidade. Décadas depois, Jamie carrega seus próprios demônios. Integrante de uma banda que vive na estrada, ele leva uma vida nômade no mais puro estilo sexo, drogas e rock and roll, fugindo da própria tragédia familiar. Agora, com trinta e poucos anos, viciado em heroína, perdido, desesperado, Jamie reencontra o antigo pastor. O elo que os unia se transforma em um pacto que assustaria até o diabo, com sérias consequências para os dois, e Jamie percebe que “reviver” pode adquirir vários significados.
Stephen King, para quem ainda não sabe, dispensa comentários. A sua biografia como escritor, roteirista e novelista é “monstruosa” (sem trocadilhos) tanto quanto a sua bibliografia, iniciada em 1974 com Carrie, a Estranha. Sem dúvida alguma, nenhum outro escritor ainda vivo acumulou tantos prêmios, títulos e teve a satisfação profissional de ver o seu trabalho transferido para o cinema, a TV e outras mídias, como os quadrinhos.
Stephen King chega a produzir uma média de dois ou três livros por ano. Dos seus quase 80 livros já editados, entre ficção, não ficção, série, livros de contos e sob o pseudônimo de Richar Bachman, 59 das suas histórias já foram adaptadas para o cinema, 27 já foram adaptadas para séries ou filmes de TV, e alguns dos seus contos já foram adaptados como episódios de séries televisivas famosas como Arquivo X, Além da Imaginação, Contos da Cripta, etc… Só por essas e outras, já dá vontade de ler um livro de Stephen King. Você não tem? Não sabe o que está perdendo!
Quanto a história em si, tenho a preambular, mais do que já fiz, que gostei muito. Claro, não é o melhor trabalho de King, como em O Iluminado, It - A Coisa, Zona Morta, Cristine, ou Celular, entre outros, que já tive o prazer de ler, mas tem a chancela do mestre do terror e uma trama bem alicerçada com bons personagens.
E em Revival ele não deixa por menos. Algumas pessoas podem achar a leitura um pouco arrastada no começo, mas essa impressão de lentidão vai se diluindo à medida em que a trama vai se aprofundando e as personagens vão desfilando diante dos nossos olhos para um final realmente impressionante. Aliás, um dos finais mais impactantes que tive o prazer de ler numa obra de King desde O Iluminado e Zona Morta.
A trama de Revival se passa na Nova Inglaterra, região que King conhece como a palma da mão, pois fica no Estado do Maine, palco da grande maioria dos seus romances. O livro é uma espécie de adaptação livre do clássico Frankenstein de Mary Shelley, narrado sob a ótica de Jamie Morton, desde o seu nascimento até o seu encontro com o Reverendo Charles Jacobs. Então, a vida de James não será mais a mesma, nunca mais. E como vemos em muitos dos livros de King, Revival nos traz à baila assuntos polêmicos como: religião, fanatismo, ideologia política, descriminação, drogas, sexo, ódio inter-racial, vida e morte.
No mais, tanto os personagens quanto a narrativa, a ambientação e descrições, são bem o estilo do autor já visto em outras obras que lhe consagraram a fama. Portanto, se você ainda não leu nada dele, Revival pode ser um bom começo, mas se já é fã, este livro é uma leitura obrigatória.
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