Hercule Poirot, o detetive belga criado pela autora inglesa Agatha Christie, inicia a maior investigação da sua carreira ao tentar identificar e destruir uma organização criminosa mundial formada por quatro super-vilões: um político chinês, um milionário americano, uma cientista francesa e um misterioso “número quatro” conhecido singelamente por “O Destruidor”. O objetivo do grupo é, claro, dominar o mundo. Mas não contavam com a astúcia do pequeno detetive de bigodes generosos.
Sabe quando tem aqueles livros que você não lê porque tem um mau pressentimento? Todos os livros com o Hastings são assim, mas nesse só de ler a sinopse eu já fico meio “af.” E fiquei anos com ele na lista (porque é Agatha Christie) mas sem pique pra pegar. E, bom. Eu estava certa. Que livro chato!
Primeiro temos o Hastings que é e sempre será insuportável. Acho que de todos os livros que ele aparece, esse é um dos mais chatos. Ele até vira mocinha em perigo pro Poirot salvar (e claro que se coloca nessa situação de forma perfeitamente estúpida).
Mas o que mais me incomodou foi o estilão de filme de espionagem americano, com pegada de James Bond, chineses misteriosos, organizações criminosas e só faltava um vilão com um gato persa no colo. Não sei se foi um experimento da autora ou uma homenagem ou uma paródia (só que nesse caso Poirot se leva a sério demais pra colar), mas de qualquer forma ficou artificial, bobo e chato.
Depois eu descobri que o livro é uma união pouco crível de vários contos que ela já tinha publicado numa revista. Também serviu pra história ficar sem muito sentido. O final em aberto para possíveis continuações (no melhor estilo esquilo-dramático) só me fez querer fugir de quaisquer outras tentativas da autora de escrever aventuras de espionagem. Aventura em Bagdá é meio essa pegada também e é outro livro chato.
Se gostam do estilo da autora, fujam desse livro porque ele não tem nada a ver e é chato. Mas se vocês curtem ver ela tentando uma coisa diferente e não odeiam o Hastings que nem eu, quem sabe até rola.
The Big Four (1927) de Agatha Christie
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