A chegada da sueca Sylvia a Roma no aeroporto e as cenas posteriores afirmam isto. O termo paparazzo, surgiu inclusive no filme. Nos créditos do roteiro constam sete nomes, inclusive de Píer Paolo Pasolini, outro grande diretor Italiano. Apesar de quase três horas de filme, não se torna cansativo pela extrema qualidade dos diálogos, os personagens são tão bem desenvolvidos, que conseguimos enxergar características em comum internas entre eles que criam uma unidade representativa do vazio pós guerra, sem que os mesmos percam sua personalidade e pareçam iguais. A direção do filme foi algo que expandiu o modo europeu de enxergar cinema, uma gama rica de planos extremamente bem feitos e grandiosos, como o da cena inicial, onde um helicóptero leva uma estatua de Jesus Cristo para Roma e a da Fontana Di Trevi . Ambas consideradas por muito entre as maiores cenas do cinema. Os movimentos de câmera narram, descrevem e ajudam na construção das sensações dos personagens. Não são apenas coadjuvantes, e sim protagonistas de toda a construção fílmica. A Doce Vida, um dos últimos filmes neo realistas de Federico Felinni, consegue fazer um ótimo registro de uma época, ao mesmo tempo que critica os problemas da mesma. O longa é cinema em sua essência. Onde usa a técnica excelência, para criar arte. Causando no espectador reflexões , ao levantar questões sociais e filosóficas, tocando no interno do ser humano.
FICHA TÉCNICA Gênero: Drama Direção: Federico Fellini Roteiro: Brunello Rondi, Ennio Flaiano, Federico Fellini, Tullio Pinelli Elenco: Adriana Moneta, Alain Cuny, Alain Dijon, Anita Ekberg, Annibale Ninchi, Anouk Aimée, Audrey McDonald, Carlo Musto, Enrico Glori, Enzo Cerusico, Enzo Doria, Giulio Girola, Giulio Paradisi, Ida Galli, Jacques Sernas, Laura Betti, Lex Barker, Magali Noël, Marcello Mastroianni, Massimo Busetti, Mino Doro, Nadia Gray, Polidor, Riccardo Garrone, Valeria Ciangottini, Walter Santesso, Yvonne Furneaux Produção: Angelo Rizzoli, Giuseppe Amato Fotografia: Otello Martelli
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