ISBN: 9788542201161
Tradutor: Alice Klesck
Ano: 2013
Páginas: 416
Editora: Planeta
Pontuação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
Há mais de sete décadas treze crianças foram designadas para cuidar de artefatos antigos, dotados com um poder primitivo e letal. As relíquias, como foram chamadas, deveriam ser mantidas por seus guardiões em total segurança e afastadas umas das outras. Entretanto, agora um homem sinistro e sua amante estão atrás delas, roubando cada peça e eliminando seus protetores, deixando um rastro de crimes violentos. Aparentemente por acaso, a jovem Sarah Miller se envolverá nessa trama perigosa e terá que correr contra o tempo para elucidar os enigmas que rondam sua nova vida. Serão os guardiões seres de outro mundo? Qual será o segredo das relíquias milenares? Por que justamente Sarah foi atraída para esse jogo mortal? Uma história inquietante, povoada de lendas que até hoje rondam nosso imaginário, As treze relíquias mostra que há forças que nunca devem ser despertadas.
Confesso que esse livro me surpreendeu de várias maneiras. A começar pela capa primorosa, bonita, elegante e muito chamativa. Belíssima, com toda certeza. Adorei as nuances de azul. Só faltou as letras do título em relevo. A espada é linda. Evocação perfeita de magia, mistério, fantasia, lutas titânicas, aventura sem limites.
Outra surpresa foi que, pela capa e pela sinopse, esperava uma história de fantasia e aventura muito comum hoje em dia, com adolescentes no papel principal, envolvidos com a busca de artefatos mágicos, com uma trama misteriosa regada com muita mitologia, magia e feitiços, perseguições demoníacas etc, etc, etc... muito comum no gênero fantasia juvenil.
O livro As Treze Relíquias apenas aparenta ser isso. Talvez por causa da belíssima capa, da elaborada sinopse, ou por causa do título. No entanto, não tenha dúvidas, este é um livro com uma temática bem adulta, regado com alguns elementos básicos do gênero fantasia (mitologia, magia, objetos mágicos, mistérios ancestrais...) mas com uma boa dose de violência urbana, skinheads, decapitações, sexo, nudez, viagens astrais, drogas, misticismo, entre outras coisas. Particularmente, não classificaria o livro como fantasia. Penso, com toda sinceridade, que ele está mais para um thriller policial gótico.
A narrativa de As Treze Relíquias flui como em um filme, com cenas curtas e rápidas. Os capítulos são curtos e instantâneos, contando o mínimo necessário de cada personagem, o suficiente para nos enredarmos com a trama em si. Isso se deve, provavelmente, por Colette Freeman ser roteirista e autora de peças teatrais, onde o tempo para cada cena é limitado pela duração do filme ou da peça. O que, do meu ponto de vista, não é um ponto negativo. A narrativa feita do ponto de vista dos autores, e, com uma dosagem certa, descrevem os cenários, personagens e fatos sem excessos ou elucubrações desnecessárias e enfadonhas.
E por falar em personagens. Simpatizei-me muito com Judith Walker, Sarah Miller e Owen Walker. Os protagonistas. Estão bem caracterizados e condizem perfeitamente com a trama do livro. Elliot, Skinner (oskinhead), Ahriman e Vyvienne cumprem bem o papel de vilões. Skinner é asqueroso e violento; Elliot é frio e calculista, mas não menos violento; Ahriman Saurin é o mentor, sádico, tenebroso, demoníaco; Vyvianne é uma bruxa com dotes místicos, capaz de adentrar o Segundo Mundo, ou mundo dos espíritos, valendo-se do ato sexual para tanto. Também temos os policiais Tony Fowler e Victoria Heath, que investigarão as mortes que vão acontecendo ao longo da narrativa. Além, é claro, dos guardiões das relíquias.
Os artefatos mágicos, ou relíquias, estão dispostas pelo mundo protegidas por treze guardiões que as receberam de um sujeito chamado Ambrose. Um mendigo misterioso que reuniu treze crianças em Madoc, uma cidade na fronteira entre Gales e a Inglaterra, com a finalidade de entregar-lhes treze objetos mágicos, ancestrais, que contém um segredo, um nome mágico e uma finalidade única. As crianças precisam esconder as relíquias e mantê-las a salvo, a qualquer custo, daqueles que as procuram. Já adultos e velhos, os guardiões das relíquias são caçados impiedosamente por Ahriman e Vyvienne. Suas almas são torturadas e seus corpos violentados brutalmente, para que seu sangue desperte o poder das relíquias. Quando todas as relíquias estiverem reunidas num circulo, Ahrimanpoderá...
Bem, mas isso só lendo o livro para você saber (acho que eu ia contar, né!?). Claro, há todo um mistério envolvendo as relíquias. São dois mil anos de mistérios, talvez mais. Misticismo esse que remonta aos primórdios do cristianismo e, provavelmente, da criação do mundo. Judaísmo, cristianismo e misticismo celta fundindo-se numa lenda que atravessa os séculos para culminar na luta pela sobrevivência da humanidade. E isso é só a ponta do iceberg.
Como eu havia dito anteriormente, As Treze Relíquias foi uma leitura de muitas surpresas. Algumas boas, bem agradáveis; outras, infelizmente, nem tanto assim.
Os prós: temática mais adulta para um gênero literário que já vem se tornando muito batido demais; capítulos enxutos com um ritmo cinematográfico; ação fluida e intensa; bons elementos de fantasia; Judith Walker e Skinner; a belíssima capa; a espada quebrada, Dyrnwyn; o misterioso Ambrose.
Os contras: decapitações, sexo e nudez em excesso. O casal de vilões estão nus o tempo todo, na cama o tempo todo, fazendo sexo o tempo todo (para que Vyvienne possa, com o intercurso sexual, adentrar (em desdobramento astral) os planos espiritual e rastrear a localização das relíquias, entre outras coisas.
Esse, provavelmente, é o aspecto mais negativo da obra: as decapitações repetitivas e o sexo recorrente, sem acrescentar nada de interessante e digno de monta à narrativa. Tirando isso, As Treze Relíquias é um livro com momentos realmente interessantes, com boa ação e um argumento que promete muitas surpresas nas próximas edições.
Outra surpresa foi que, pela capa e pela sinopse, esperava uma história de fantasia e aventura muito comum hoje em dia, com adolescentes no papel principal, envolvidos com a busca de artefatos mágicos, com uma trama misteriosa regada com muita mitologia, magia e feitiços, perseguições demoníacas etc, etc, etc... muito comum no gênero fantasia juvenil.
O livro As Treze Relíquias apenas aparenta ser isso. Talvez por causa da belíssima capa, da elaborada sinopse, ou por causa do título. No entanto, não tenha dúvidas, este é um livro com uma temática bem adulta, regado com alguns elementos básicos do gênero fantasia (mitologia, magia, objetos mágicos, mistérios ancestrais...) mas com uma boa dose de violência urbana, skinheads, decapitações, sexo, nudez, viagens astrais, drogas, misticismo, entre outras coisas. Particularmente, não classificaria o livro como fantasia. Penso, com toda sinceridade, que ele está mais para um thriller policial gótico.
A narrativa de As Treze Relíquias flui como em um filme, com cenas curtas e rápidas. Os capítulos são curtos e instantâneos, contando o mínimo necessário de cada personagem, o suficiente para nos enredarmos com a trama em si. Isso se deve, provavelmente, por Colette Freeman ser roteirista e autora de peças teatrais, onde o tempo para cada cena é limitado pela duração do filme ou da peça. O que, do meu ponto de vista, não é um ponto negativo. A narrativa feita do ponto de vista dos autores, e, com uma dosagem certa, descrevem os cenários, personagens e fatos sem excessos ou elucubrações desnecessárias e enfadonhas.
E por falar em personagens. Simpatizei-me muito com Judith Walker, Sarah Miller e Owen Walker. Os protagonistas. Estão bem caracterizados e condizem perfeitamente com a trama do livro. Elliot, Skinner (oskinhead), Ahriman e Vyvienne cumprem bem o papel de vilões. Skinner é asqueroso e violento; Elliot é frio e calculista, mas não menos violento; Ahriman Saurin é o mentor, sádico, tenebroso, demoníaco; Vyvianne é uma bruxa com dotes místicos, capaz de adentrar o Segundo Mundo, ou mundo dos espíritos, valendo-se do ato sexual para tanto. Também temos os policiais Tony Fowler e Victoria Heath, que investigarão as mortes que vão acontecendo ao longo da narrativa. Além, é claro, dos guardiões das relíquias.
Os artefatos mágicos, ou relíquias, estão dispostas pelo mundo protegidas por treze guardiões que as receberam de um sujeito chamado Ambrose. Um mendigo misterioso que reuniu treze crianças em Madoc, uma cidade na fronteira entre Gales e a Inglaterra, com a finalidade de entregar-lhes treze objetos mágicos, ancestrais, que contém um segredo, um nome mágico e uma finalidade única. As crianças precisam esconder as relíquias e mantê-las a salvo, a qualquer custo, daqueles que as procuram. Já adultos e velhos, os guardiões das relíquias são caçados impiedosamente por Ahriman e Vyvienne. Suas almas são torturadas e seus corpos violentados brutalmente, para que seu sangue desperte o poder das relíquias. Quando todas as relíquias estiverem reunidas num circulo, Ahrimanpoderá...
Bem, mas isso só lendo o livro para você saber (acho que eu ia contar, né!?). Claro, há todo um mistério envolvendo as relíquias. São dois mil anos de mistérios, talvez mais. Misticismo esse que remonta aos primórdios do cristianismo e, provavelmente, da criação do mundo. Judaísmo, cristianismo e misticismo celta fundindo-se numa lenda que atravessa os séculos para culminar na luta pela sobrevivência da humanidade. E isso é só a ponta do iceberg.
Como eu havia dito anteriormente, As Treze Relíquias foi uma leitura de muitas surpresas. Algumas boas, bem agradáveis; outras, infelizmente, nem tanto assim.
Os prós: temática mais adulta para um gênero literário que já vem se tornando muito batido demais; capítulos enxutos com um ritmo cinematográfico; ação fluida e intensa; bons elementos de fantasia; Judith Walker e Skinner; a belíssima capa; a espada quebrada, Dyrnwyn; o misterioso Ambrose.
Os contras: decapitações, sexo e nudez em excesso. O casal de vilões estão nus o tempo todo, na cama o tempo todo, fazendo sexo o tempo todo (para que Vyvienne possa, com o intercurso sexual, adentrar (em desdobramento astral) os planos espiritual e rastrear a localização das relíquias, entre outras coisas.
Esse, provavelmente, é o aspecto mais negativo da obra: as decapitações repetitivas e o sexo recorrente, sem acrescentar nada de interessante e digno de monta à narrativa. Tirando isso, As Treze Relíquias é um livro com momentos realmente interessantes, com boa ação e um argumento que promete muitas surpresas nas próximas edições.
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