por Ronaldo D'Arcadia
A liberdade criativa do diretor Steven Spielberg é algo certamente surpreendente. Sem precisar provar nada a ninguém, o pai do blockbuster realiza um improvável longa em que o personagem principal é um cavalo chamado Joey (um excelente ator por sinal, um dos melhores da raça até agora).
Veja bem, "Cavalo de Guerra" não é perfeito. Ele falha principalmente no andamento do segundo ato, o roteiro não amarra tão bem suas histórias, e muita veracidade (mas muita mesmo) é perdida quando vemos alemães e franceses falando em inglês (você pode até se confundir diante das nacionalidades). No entanto uma coisa fica cristalina: a obra é belíssima, isso é um fato.
A fita - que facilmente poderia ser um produto Disney -, usa a estética apurada e seus animais extremamente carismáticos como artifício para conquistar a audiência. É ofeeling Spielberg com um tom europeu, uma mistura que funciona bem, fato comprovado por suas várias indicações ao BAFTA e Oscar 2012, incluindo melhor filme.
A fita - que facilmente poderia ser um produto Disney -, usa a estética apurada e seus animais extremamente carismáticos como artifício para conquistar a audiência. É ofeeling Spielberg com um tom europeu, uma mistura que funciona bem, fato comprovado por suas várias indicações ao BAFTA e Oscar 2012, incluindo melhor filme.
A história, que fez muito sucesso nos teatros, é baseada na obra original de Michael Morpurgo. Ela segue o galope de Joey em meio à primeira guerra mundial, sendo que o destino do animal passa por diferentes mãos, diferentes soldados. Esta rotatividade existe exclusivamente para abordar todos os lados do histórico conflito, países envolvidos e tudo mais. Até mesmo a cumplicidade da "terra de ninguém" (famoso campo de batalha entre britânicos, franceses e alemães) foi explorado, gerando aquele que é, sem dúvida nenhuma, um dos seus melhores momentos.
Mas o verdadeiro dono de Joey é o garoto Albert Narracott (Jeremy Irvine), filho do sofrido ex-soldado alcoólatra Ted (Peter Mullan), casado com a compreensiva Rose (Emily Watson) - este núcleo de interpretes funciona na medida do possível, com Watson como destaque. O filme conta ainda com a pequena participação de outros ótimos atores, como David Thewlis, Tom Hiddleston, Eddie Marson e Toby Kebbell.
Mas o verdadeiro dono de Joey é o garoto Albert Narracott (Jeremy Irvine), filho do sofrido ex-soldado alcoólatra Ted (Peter Mullan), casado com a compreensiva Rose (Emily Watson) - este núcleo de interpretes funciona na medida do possível, com Watson como destaque. O filme conta ainda com a pequena participação de outros ótimos atores, como David Thewlis, Tom Hiddleston, Eddie Marson e Toby Kebbell.
Acompanhamos então este árduo caminho de Joey em meio a sangue, morte, derrotas e vitórias - sua sobrevivência acaba se tornando algo simbólico, um sinal de esperança. Oferecendo uma fotografia lindíssima - que emula em certos momentos o sentimento do clássico "... e o Vento Levou" -, com cenas bem talhadas, direção atenciosa, uma imensa produção e trilha sonora de John Willians, "Cavalo de Guerra" merece ser visto. Tem seus problemas, mas acima de tudo entretém - uma especialidade do mestre.
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