Victoria Schwab
ISBN: 9788542201673
Ano: 2013
Páginas: 240
Tradutor: Marcelo Barbão
Editora: Planeta
Ano: 2013
Páginas: 240
Tradutor: Marcelo Barbão
Editora: Planeta
Pontuação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
Na cidade de Near não existem estranhos e a velha história da Bruxa é contada apenas para assustar as crianças. Estas são as verdades que Lexi Harris ouviu durante toda a vida. Mas quando um estranho, um garoto que parece desaparecer como fumaça, surge em uma noite do lado de fora de sua casa, ela sabe que algo não está correto. Na noite seguinte, crianças começam a desaparecer de suas camas sem deixar qualquer vestígio e o estranho é o principal suspeito. Mas quando o garoto se oferece para ajudar na busca, algo no coração de Lexi diz que ele esconde outros segredos e não é o culpado. Ela estaria imaginando ou o vento parecia sussurrar através das paredes? Quando a busca pelas crianças se intensifica, o mesmo acontece com a necessidade de Lexi de saber sobre a Bruxa que talvez não seja só uma história para dormir...
Adoro histórias que envolvem antigas lendas, mistério e bruxas! E o livro A Bruxa de Near tem tudo isto e muito mais! Apesar da história simples, o livro tem o clima certo, aventura, romance, mistério e ainda um toque assustador. O resultado: adorei o livro!
Com uma história atemporal (ou seja, sem determinar uma data ou tempo específicos), somos transportados para uma história de época, que pode ter ocorrido há centenas de anos. Ou talvez mais, ou menos. Mas o mais importante, Schwab criou uma fábula, uma verdadeira aventura que tem vida própria. Um conto de fadas, ou melhor, um conto no melhor estilo A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça. Não pude deixar de comparar o livro com o clima do filme estrelado por Johnny Deep e Cristina Ricci, pelo qual sou completamente apaixonada.
Em A Bruxa de Near conhecemos, através de Lexi Harris, a lenda que há muito tempo faz parte das brincadeiras das crianças, músicas e que fez crescer o medo dos habitantes da cidade de Near.
Diz a lenda que a bruxa era parte do páramo (planaltos desérticos encontrados a grandes altitudes, principalmente em cadeias montanhosas, inexistentes no Brasil), que cerca e determina os limites da cidade. Ela controlava tudo: o vento era sua voz, os rios eram seu sangue, a relva sua pele. Não havia nada que ela não pudesse controlar. O páramo fazia parte da bruxa, e a bruxa era o páramo. Ninguém se atreve a sair dos limites da cidade, de forma alguma. E, por causa da terrível lenda, as bruxas não são vistas com bons olhos pelos habitantes de Near. O medo é tudo o que eles sentem.
Lexi conta e reconta, noite após noite, a história da bruxa para sua irmãzinha Wren, de seis anos, dormir, assim como fazia seu pai fazia com ela. Lexi adorava o som da voz do pai contando como os ventos ganhavam vida sob a voz melódica da bruxa, como seu poder era imenso e incontrolável. E ela sabe de cor toda a história, assim como o pai a contava, pois esta é uma das lembranças que ela guarda e a qual se agarra para manter a memória do pai viva. Com apenas 16 anos, Lexi já não tem mais o pai por perto, pois ele faleceu há três anos, deixando ela, sua mãe e irmã aos cuidados de seu tio Otto. Que, sucessivamente ao seu pai, ganhou o título de Protetor da cidade, atuando de forma a proteger os cidadãos.
Seu tio Otto é controlador e desde o início da história se mostra intolerante para com a jovem. Não concorda com suas atitudes e não entende seu espírito livre, tão parecido com o do irmão, pai de Lexi. A garota aprendeu com o pai a ser uma rastreadora, e consequentemente uma excelente caçadora. Adora usar as botas surradas e usadas do pai, e usa na cintura a faca que herdou dele. Assim, se sente segura e protegida.
Mas nada poderia a prevenir de que sua vida seria afetada por uma mudança drástica: a vinda de um estranho para a cidade. Cole, o estranho, parece esvanecer no ar, e esconder grandes segredos. Mas Lexi se sente atraída de imediato pela força e magnetismo que o estranho parece emanar. Mas quando crianças começam a desaparecer e as acusações recaem sobre Cole, ambos têm que lutar pela verdade e desvendar os segredos que o vento incessante do páramo esconde.
E tem muito mais pela frente! A narrativa de Schwab tem uma característica que aprecio muito em livros de suspense e aventura: ela cria uma tensão crescente e os acontecimentos contribuem para que a história engrene cada vez mais, criando um ritmo no qual se é impossível parar de ler até se chegar à última palavra. E ainda mais que isso, me deixou querendo mais.
Tenho diversos pontos positivos a pontuar, e um deles é a grande sacada da autora em deixar sua história suspensa em um passado sem uma data determinada, o que permite uma liberdade narrativa bem maior. Outro detalhe são os personagens. A caracterização de cada um é excelente, e suas personalidades são marcantes e únicas, enriquecendo ainda mais a trama.
Lexi é incrível! Sua personalidade indomável e livre, questiona o certo e o errado. A jovem acredita no que acredita e ponto! Não consegue crer no que tentam lhe impor, e não aceita resignada seu destino. Ela luta pelo que acredita com unhas e dentes. Uma personagem forte e marcante que me cativou, e muito. Outro destaque é o Cole, o estranho. Misterioso e calmo, ele representa tudo aquilo que traz medo e assombro para os moradores de Near, mas de forma injusta. E o romance que se desenrola entre Cole e Lexi é encantador (muito amor)!
Há também os vilões, que não são exatamente vilões mas cumprem bem seu papel odioso: tio Otto, Bo, e Tyler, caçadores que empreendem uma busca incansável pelo responsável do desaparecimento das crianças, mas que acabam cometendo enormes injustiças (sentirei um ódio eterno por estes personagens que são burros, cegos e só atrapalham a vida de Lexi e Cole) Também há as irmãs bruxas que vivem nas imediações da cidade, Magda eDreska, que contribuem ainda mais para o toque de mistério do livro.
E claro, a Bruxa de Near, que está viva e presente em todo o livro, em cada linha e pensamento dos personagens. Sua presença é terrível e verdadeiramente assustadora, pois ela se encontra em tudo e em todos os lugares. Não há como fugir. Aliás, a bruxa é um espetáculo à parte! #terrível #medo
Achei interessante que a autora criou vida até mesmo para os elementos da natureza, e o vento é um personagem vivo e constante. Aliás, dá até para ficar com medo do danado do vento, que traz canções e vozes, que arrasta, empurra e entra por frestas das janelas e portas. Ui, que arrepio!
Com uma história atemporal (ou seja, sem determinar uma data ou tempo específicos), somos transportados para uma história de época, que pode ter ocorrido há centenas de anos. Ou talvez mais, ou menos. Mas o mais importante, Schwab criou uma fábula, uma verdadeira aventura que tem vida própria. Um conto de fadas, ou melhor, um conto no melhor estilo A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça. Não pude deixar de comparar o livro com o clima do filme estrelado por Johnny Deep e Cristina Ricci, pelo qual sou completamente apaixonada.
Em A Bruxa de Near conhecemos, através de Lexi Harris, a lenda que há muito tempo faz parte das brincadeiras das crianças, músicas e que fez crescer o medo dos habitantes da cidade de Near.
Diz a lenda que a bruxa era parte do páramo (planaltos desérticos encontrados a grandes altitudes, principalmente em cadeias montanhosas, inexistentes no Brasil), que cerca e determina os limites da cidade. Ela controlava tudo: o vento era sua voz, os rios eram seu sangue, a relva sua pele. Não havia nada que ela não pudesse controlar. O páramo fazia parte da bruxa, e a bruxa era o páramo. Ninguém se atreve a sair dos limites da cidade, de forma alguma. E, por causa da terrível lenda, as bruxas não são vistas com bons olhos pelos habitantes de Near. O medo é tudo o que eles sentem.
Lexi conta e reconta, noite após noite, a história da bruxa para sua irmãzinha Wren, de seis anos, dormir, assim como fazia seu pai fazia com ela. Lexi adorava o som da voz do pai contando como os ventos ganhavam vida sob a voz melódica da bruxa, como seu poder era imenso e incontrolável. E ela sabe de cor toda a história, assim como o pai a contava, pois esta é uma das lembranças que ela guarda e a qual se agarra para manter a memória do pai viva. Com apenas 16 anos, Lexi já não tem mais o pai por perto, pois ele faleceu há três anos, deixando ela, sua mãe e irmã aos cuidados de seu tio Otto. Que, sucessivamente ao seu pai, ganhou o título de Protetor da cidade, atuando de forma a proteger os cidadãos.
Seu tio Otto é controlador e desde o início da história se mostra intolerante para com a jovem. Não concorda com suas atitudes e não entende seu espírito livre, tão parecido com o do irmão, pai de Lexi. A garota aprendeu com o pai a ser uma rastreadora, e consequentemente uma excelente caçadora. Adora usar as botas surradas e usadas do pai, e usa na cintura a faca que herdou dele. Assim, se sente segura e protegida.
Mas nada poderia a prevenir de que sua vida seria afetada por uma mudança drástica: a vinda de um estranho para a cidade. Cole, o estranho, parece esvanecer no ar, e esconder grandes segredos. Mas Lexi se sente atraída de imediato pela força e magnetismo que o estranho parece emanar. Mas quando crianças começam a desaparecer e as acusações recaem sobre Cole, ambos têm que lutar pela verdade e desvendar os segredos que o vento incessante do páramo esconde.
E tem muito mais pela frente! A narrativa de Schwab tem uma característica que aprecio muito em livros de suspense e aventura: ela cria uma tensão crescente e os acontecimentos contribuem para que a história engrene cada vez mais, criando um ritmo no qual se é impossível parar de ler até se chegar à última palavra. E ainda mais que isso, me deixou querendo mais.
Tenho diversos pontos positivos a pontuar, e um deles é a grande sacada da autora em deixar sua história suspensa em um passado sem uma data determinada, o que permite uma liberdade narrativa bem maior. Outro detalhe são os personagens. A caracterização de cada um é excelente, e suas personalidades são marcantes e únicas, enriquecendo ainda mais a trama.
Lexi é incrível! Sua personalidade indomável e livre, questiona o certo e o errado. A jovem acredita no que acredita e ponto! Não consegue crer no que tentam lhe impor, e não aceita resignada seu destino. Ela luta pelo que acredita com unhas e dentes. Uma personagem forte e marcante que me cativou, e muito. Outro destaque é o Cole, o estranho. Misterioso e calmo, ele representa tudo aquilo que traz medo e assombro para os moradores de Near, mas de forma injusta. E o romance que se desenrola entre Cole e Lexi é encantador (muito amor)!
Há também os vilões, que não são exatamente vilões mas cumprem bem seu papel odioso: tio Otto, Bo, e Tyler, caçadores que empreendem uma busca incansável pelo responsável do desaparecimento das crianças, mas que acabam cometendo enormes injustiças (sentirei um ódio eterno por estes personagens que são burros, cegos e só atrapalham a vida de Lexi e Cole) Também há as irmãs bruxas que vivem nas imediações da cidade, Magda eDreska, que contribuem ainda mais para o toque de mistério do livro.
E claro, a Bruxa de Near, que está viva e presente em todo o livro, em cada linha e pensamento dos personagens. Sua presença é terrível e verdadeiramente assustadora, pois ela se encontra em tudo e em todos os lugares. Não há como fugir. Aliás, a bruxa é um espetáculo à parte! #terrível #medo
Achei interessante que a autora criou vida até mesmo para os elementos da natureza, e o vento é um personagem vivo e constante. Aliás, dá até para ficar com medo do danado do vento, que traz canções e vozes, que arrasta, empurra e entra por frestas das janelas e portas. Ui, que arrepio!
Enfim, a narrativa é simples mas é justamente aí que ganha pontos: o livro é muito agradável de ler! Entre diversos sentimentos, posso dizer que me apaixonei por este livro. Começando de forma simples e se tornando uma verdadeira aventura com toques de terror e muito mistério, culminando em um fim de tirar o fôlego, A Bruxa de Near foi uma grata surpresa para mim. Uma proposta diferente entre tantos livros iguais. Indo muito além do que eu esperava. Gostei de cada detalhe! Recomendadíssimo!
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