Para um amante dos livros de terror como eu, é de se espantar que nunca tenha me embrenhado pelo universo de H. P. Lovecraft. Motivos havia aos montes, mas na maioria das vezes eram bobagens, como não gostar de livros de contos nem de narrativas em primeira pessoa. Só que chegou um momento em que parei e pensei: se Lovecraft é um mestre que inspirou Stephen King, Clive Barker, Dean Koontz e tantos outros escritores, é porque algum motivo real existe.
E foi assim que cheguei ao livro O Caso de Charles Dexter Ward. Para meu espanto, o livro não era em primeira pessoa. Para meu maior espanto, também não era em terceira. O livro é, na verdade, um relato e não uma narrativa. Conta a saga de um arqueólogo que descobre que um de seus antepassados era considerado bruxo pelo povo da época, devido ao seu comportamento excêntrico e por praticar atividades um tanto esquisitas. Sons de agonia vindos de sua casa, suspeitas de vampirismo e canibalismo, entre outras coisas, eram parte das histórias contadas. E Charles resolve investigar esse passado. Só não sabia que ia se envolver tão profundamente ao ponto de transformar-se fisicamente, mudar sua personalidade e suas ações. É aí que entra o protagonista central da trama, o Dr. Willet, contratado pelo Ward Pai para descobrir porque o filho mudou tanto e se pode declarar o rapaz como louco. O Dr. Willet segue, então, os passos de Charles. Negando colocar em cheque a insanidade dele, tenta ligar todos os fatos até chegar a um final chocante.
Por ser um relato e não uma narrativa, o livro se torna um tanto cansativo em algumas ocasiões. Nada muito grave. Só é esquisito, para quem não é acostumado, ler aquele texto corrido com raríssimos diálogos. Ainda assim, a trama se desenvolve muito bem, embora os momentos de real tensão só venham a acontecer perto do fim. Talvez tenha sido isso o que mais me decepcionou nessa estreia com Lovecraft. O horror supremo, o terror psicológico, ao menos em O Caso de Charles Dexter Ward não existiu. A atmosfera é sombria, mas não é nada do que imaginava. Claro, isso pode ser um ponto negativo, mas longe de deixar o livro ruim. O final, principalmente, onde o Dr. Willet liga todas as peças, vale e muito a pena.
É fato que Lovecraft não é para qualquer um. A linguagem, por exemplo, é de época – década de 10, 20, 30 – e pode não agradar. Eu gostei. É sempre bom ler algo diferente, o que não quer dizer que seja simples. O ideal é ter um dicionário do lado para algumas palavras já ultrapassadas e que você nunca sonhou que tenham sido usadas um dia.
São muitas as histórias de Lovecraft que me esperam. Embora O Caso de Charles Dexter Ward não tenha sido a melhor experiência que tive em livros de suspense/terror, me agradou e certamente continuarei acompanhando suas obras.
E foi assim que cheguei ao livro O Caso de Charles Dexter Ward. Para meu espanto, o livro não era em primeira pessoa. Para meu maior espanto, também não era em terceira. O livro é, na verdade, um relato e não uma narrativa. Conta a saga de um arqueólogo que descobre que um de seus antepassados era considerado bruxo pelo povo da época, devido ao seu comportamento excêntrico e por praticar atividades um tanto esquisitas. Sons de agonia vindos de sua casa, suspeitas de vampirismo e canibalismo, entre outras coisas, eram parte das histórias contadas. E Charles resolve investigar esse passado. Só não sabia que ia se envolver tão profundamente ao ponto de transformar-se fisicamente, mudar sua personalidade e suas ações. É aí que entra o protagonista central da trama, o Dr. Willet, contratado pelo Ward Pai para descobrir porque o filho mudou tanto e se pode declarar o rapaz como louco. O Dr. Willet segue, então, os passos de Charles. Negando colocar em cheque a insanidade dele, tenta ligar todos os fatos até chegar a um final chocante.
Por ser um relato e não uma narrativa, o livro se torna um tanto cansativo em algumas ocasiões. Nada muito grave. Só é esquisito, para quem não é acostumado, ler aquele texto corrido com raríssimos diálogos. Ainda assim, a trama se desenvolve muito bem, embora os momentos de real tensão só venham a acontecer perto do fim. Talvez tenha sido isso o que mais me decepcionou nessa estreia com Lovecraft. O horror supremo, o terror psicológico, ao menos em O Caso de Charles Dexter Ward não existiu. A atmosfera é sombria, mas não é nada do que imaginava. Claro, isso pode ser um ponto negativo, mas longe de deixar o livro ruim. O final, principalmente, onde o Dr. Willet liga todas as peças, vale e muito a pena.
É fato que Lovecraft não é para qualquer um. A linguagem, por exemplo, é de época – década de 10, 20, 30 – e pode não agradar. Eu gostei. É sempre bom ler algo diferente, o que não quer dizer que seja simples. O ideal é ter um dicionário do lado para algumas palavras já ultrapassadas e que você nunca sonhou que tenham sido usadas um dia.
São muitas as histórias de Lovecraft que me esperam. Embora O Caso de Charles Dexter Ward não tenha sido a melhor experiência que tive em livros de suspense/terror, me agradou e certamente continuarei acompanhando suas obras.
Nota: 7/10
Leia mais: http://bibliotecasombria.webnode.com.br/products/o-caso-de-charles-dexter-ward-de-h-p-lovecraft/
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