Quando eu pedi A Teoria de Tudo para ler, imaginava um outro tipo de leitura. Sabia que era escrito pela (ex) exposa de Stephen Hawking, mas não pensei que seria assim. A narrativa me parece mais um jeito de expor tudo o que ela não falou na época que era casada com o tão renomado.
Stephen Hawking, um jovem promissor que aos 21 anos de idade descobre que tem Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença incurável. E que mesmo assim, não deixa de seguir com seus estudos e vida. Nessa mesma época conhece Jane, uma moça que apesar de tudo, decide ter uma família com o rapaz. E foi isso que ela fez por 20 anos. Aguentou muitas situações complicadas em razão de Stephen e sua família. Mas sempre chega uma hora que todos cansam e ela cansou, recebendo críticas pela separação e gerando rumores relacionadas à “família Hawking”. Em A Teoria de Tudo ela “esclarece” o lado dela dos fatos de todos esses anos com o cientista.
Jane sempre se “sacrificou” por seu esposo que foi ganhando espaço nos holofotes, enquanto ela ficava à sombra dele. Numa narrativa em primeira pessoa, temos fatos extremamente detalhados de sua vida com o físico (tipo muito detalhados mesmo, chega a ser um pouco maçante). Ela tem uma linguagem um pouco formal e se repete muito em certos pontos. Mas o que me irritou mais foi seu ponto de vista pessimista de toda a situação (enquanto escreve o livro). Era como se ela olhasse pra trás e se arrependesse de tudo e percebesse que sua vida foi infeliz e o livro fosse sua “carta de liberdade” pro público. Ela está aproveitando que dessa vez, as pessoas estão a ouvindo, coisa que não acontecia quando era casada. #boring
A forma como divulgaram o livro tanto aqui quanto fora é que esse é um livro sobre o amor perfeito e acho que na verdade, ao ler, você percebe que não, eles não tinham um casamento perfeito. Em muitas situações o próprio Hawking é “estúpido” com a mulher que fez tanto por ele. E ela também não é a super boazinha. Os dois são seres imperfeitos. E ela tentou segurar o casamento o quanto pôde.
Os capítulos são grande pela descrição da narrativa. Achei a leitura densa pela quantidade de detalhes e pelo “peso” dos sentimentos por parte da autora. Essa é uma biografia-desabafo por parte de Jane.
E é isso aí!
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